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As dez obras psicanalíticas mais importantes deste meio século

Paulo Marchon – membro efetivo da SBPRJ,SPR e NPF
Publicado em ABP-Notícias, ANO III, N. 2, Rio, dezembro 2000

Irei, de imediato, ao mais importante trabalho psicanalítico, cuja publicação
foi iniciada em 1953, só concluindo em 1974. Trata-se da monumental tradução
das “Obras Completas de Freud” feita por James Strachey. Ela abriu para o
mundo da “língua universal” o pensamento de Freud. As notas editoriais e de pé
de página são magníficas. Atacada, imperfeita, ela aguarda, altaneira, uma
substituição à altura.
Em 1950, com a linda introdução de Ernest Kris, foram publicadas algumas
cartas de Freud a Fliess e o extraordinário, “O Projeto”, escrito em 1895, com o
título geral, em inglês, “The origins of Psychoanalysis ”(1954). Realmente, eram
as origens da Psicanálise!
Dentro dessa mesma seqüência, não poderíamos deixar de mencionar a “A
Correspondência Completa Freud-Fliess”, só publicadas em 1985.
Da obra kleiniana, em 1959, veio à luz o encantador “Nosso mundo adulto e
suas raízes na infância”, contraponto iluminado ao “Mal-estar na cultura”, de
Sigmund Freud.

De Bion, focalizamos “Atenção e interpretação”. Destacamos, no entanto,
sua fantástica, tenebrosa, terrível, maravilhosa trilogia: “Uma Memória do Futuro”.
Ela é grandiosa. Sua leitura é “facilitada” por uma “Chave” (A Key) especial,
porém, o prêmio para o esforço é extremamente compensador. A “Chave”, escrita
por Bion e sua esposa, Francesca Bion, não é essencial para a compreensão da
obra..
Lugar especial merecem as duas biografias de Freud, a de Jones e a de
Peter Gay. Informativas, lúcidas, brilhantes.
Valiosíssimos, esclarecedores, os dois dicionários: Laplanche e Pontalis
(Freud) e Hinshelwood (kleinianos).
Da obra de André Green escolho aquela que marca o homem: “Um
Psicanalista Engajado”
Inesquecível e marcando uma época, a obra de Alessandra Piontelli,
associando pesquisa à Psicanálise em alto grau: “De Feto a Criança”.
Finalizamos com as “Controvérsias Freud-Klein”, extraordinária obra que
contém mais de novecentas páginas, magnificamente editadas por Pearl King e
Riccardo Steiner, em trabalhos que chegaram a convencer André Green de que
os ingleses sabiam e discutiam teoria em altíssimo nível.

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