No dia 27 de abril de 2016, iniciamos o recolhimento de notas e cupons fiscais na secretaria do SPFOR. Tais comprovantes serão encaminhados para a Associação Pequeno Mundo, no Padre Andrade, entidade beneficente de assistência social que angaria recursos por meio do Programa “Sua nota vale dinheiro”, da SEFAZ. A Associação Pequeno Mundo é de utilidade pública, municipal, estadual e federal.
História
A Associação Pequeno Mundo se localiza na Rua Raimundo Bizarria, 479, CEP 60340-310, e seus telefones são (85) 3286-4267 e (85)8956-9004. Ela é dirigida pela Irmã Leônia Lima e procura ocupar sadiamente o tempo em que crianças e adolescentes pobres do Padre Andrade, expostos ao perigo de drogas, prostituição e violência, não estão na escola.
Além de proporcionar duas refeições, tanto para os que estudam no turno da manhã, quanto para os do turno da tarde, a entidade oferece aulas de computação, reforço escolar, artesanato, música, e incentivo à leitura. O trabalho é realizado sobretudo por voluntários e as dificuldades financeiras são muitas.
Além de atividades para as crianças, a entidade oferece para os pais e mães cursos de culinária, costura e confecção de vassouras ecológicas com garrafas Pet, visando uma melhoria das condições econômicas de famílias muito pobres.
Graças ao recolhimento de notas fiscais, o Pequeno Mundo já conseguiu ampliar suas instalações, que hoje dispõem de biblioteca, salas de aula diferenciadas,espaço para música e computação.
A entidade luta, agora, para construir uma quadra de esportes em terreno comprado graças à ajuda da Receita Federal que, por três vezes, doou para o Pequeno Mundo vender objetos apreendidos por contrabando.
Maiores informações sobre a entidade, pode consultar o site da mesma, facebook e skype :
www.pequenomundo.org.br | https://www.facebook.com/associacao.pequenomundo?ref=ts&fref=ts | skype: associacao.pequeno.mundo
Segue depoimento sobre a Associação Pequeno Mundo
Myrson Lima Professor
Certa manhã, vendo o noticiário na TV com minha mulher Regina, deparei
com uma matéria sobre uma associação beneficente, situada na periferia de Fortaleza,
que se ocupava com crianças e adolescentes moradores dos bairros Padre Andrade e
Jardim Iracema. Chamaram-nos a atenção as precárias condições do prédio e o
contagiante entusiasmo de seus apoiadores. Estávamos, no momento, sem nenhum
engajamento voluntário, preocupados unicamente com o trabalho profissional e o bemestar
dos filhos. Ali mesmo, pensamos uníssonos e acertamos correr atrás e saber onde
se localizava a associação, uma vez que a notícia não dizia nem o endereço, nem o
telefone da entidade. Conseguimos com a emissora os dados sobre a Associação
Pequeno Mundo e imediatamente ligamos para a coordenadora Ir. Leônia, marcando a
primeira visita. Depois do primeiro contato, olhamos-nos rapidamente e sentimos que a
impressão é igual: estávamos plenamente de acordo e nossa escolha era acertada e vinha
ao encontro do que planejávamos: vamos nos engajar neste projeto a partir de hoje. Isso
ocorreu há mais de dez anos. Desde então somos voluntários e propagadores
entusiasmados, atraindo logo depois muitos dos nossos parentes e amigos mais
próximos. Hoje o Pequeno Mundo faz parte de nossa vida, de nossas alegrias, de nossas
esperanças, de nossas lutas.
Atualmente, a entidade atende a mais de oitenta crianças e adolescentes,
com oferecimento de atividades diversas dentre as quais se destacam artesanato,
musicalidade, informática, reforço escolar, leitura escrita, esporte e lazer. A estes
menores são servidos diariamente dois lanches e duas refeições, que têm ajudado a
combater a desnutrição infanto-juvenil tão acentuada no bairro. Existe também um
trabalho de distribuição de cestas de alimentos, feita pelas crianças do projeto com as
monitoras, para pessoas idosas em estado de penúria e com dificuldade de locomoção.
Nas dependências da associação, funciona uma minifábrica de vassouras,
cuja principal matéria-prima são garrafas de pet, tecnologia sui generis, pioneira no
Estado do Ceará, já repassada com êxito a diversas comunidades no Estado e a outras
localidades do Nordeste.
Ultimamente, sentimos os reflexos da crise econômica que atinge o país e
passamos por um período muito difícil, chegando até a adiar o início das atividades.
Não nos faltam alimentos e sim, dinheiro para o custeio: pagamento da energia, da água,
da vigilância eletrônica, de pessoal, gasolina.
Estamos precisando de ajuda que pode ser através de doações financeiras,
de prestação de serviço na própria associação ou no recolhimento de notas fiscais que
muito nos auxiliam na execução dos objetivos.
Temos certeza de que o engajamento de alguma forma com a entidade não
somente contemplará crianças, adolescentes e idosos por nós assistidos, mas reverterá
generosamente aos que participam com essas ações solidárias e fraternas,
proporcionando-nos uma alegria e uma felicidade únicas e indescritíveis.
Myrson Lima
Maria Livia Marchon – Professora
Inspirando-me no professor Myrson,que fez um relato pessoal, vou contar como foi
meu contato com a Associação Pequeno Mundo.
Minha filha estudava no Colégio Christus e começou a participar de um grupo de
jovens da Obra de Evangelização Lumen, que é muito apoiada por essa escola.
Incentivou-me a participar do grupo de pais da mesma Obra. Como cristã, sempre senti
necessidade de fazer algo pelos mais desfavorecidos e, graças aos jovens da Ação Social
do Lumen, acabei conhecendo o Pequeno Mundo, lá no distante Padre Andrade, e a
Irmã Leônia, que o dirige com coragem e persistência.
Sendo eu professora de literatura, tive a ideia de um passeio cultural por Fortaleza,
integrando nossas estátuas de Iracema com o romance de Alencar. Os jovens do Lumen,
que costumavam fazer visitas a entidades de crianças e velhinhos pobres, aprovaram a
ideia do passeio e, após uma preparação dos garotos, pude realizar, com a ajuda de
outros pais e de muitos jovens, o passeio idealizado. Levamos todas as crianças e
adolescentes da entidade, em dois ônibus, para passearem por pontos importantes de
Fortaleza e terminamos a atividade com um lanche e visita ao Zoológico Sargento Prata,
rico na fauna brasileira, tão valorizada pelo escritor cearense.
Após esse primeiro contato com as crianças, uma amiga, Magui, e eu nos
entusiasmamos pelas mesmas e pela Irmã Leônia, passamos a ir todas as semanas ao
distante Padre Andrade e, por uns quatro anos, trabalhamos como voluntárias na
entidade, realizando reforço escolar e incentivo à leitura e à cultura. As crianças eram
carinhosas e receptivas; no Pequeno Mundo, recebiam alimento para o corpo e para a
alma e tivemos o prazer de participar deste trabalho de promoção humana.
Organizamos uma brinquedoteca e uma biblioteca e fizemos, semanalmente, as
crianças lerem e dramatizarem pequenos textos de fábulas e contos populares. Além das
atividades semanais, preparamos e realizamos algumas idas ao Teatro José de Alencar
para as crianças escutarem música erudita, sendo elas elogiadas por seu comportamento,
visitamos bibliotecas, exposição de pintura na UNIFOR e Planetário. Em um Natal,
conseguimos levar o grupo de música para cantar melodias natalinas na varanda do
Clube Náutico. Um de meus filhos, universitário naquele tempo, colaborou também,
numa época, ensinando os garotos a usarem os computadores que a Irmã Leônia, com
muita luta, ia conseguindo do Banco do Brasil e outras pessoas.
A Associação Pequeno Mundo tinha pouco espaço físico, mas conseguimos realizar
muita coisa, e não apenas com as crianças, pois conseguimos colaborar também com os
trabalhos que a Irmã Leônia procura oferecer aos pais, aproveitando nossas idas para
levar artesãs que ensinaram a fazer tapetes de retalhos e outros artesanatos. Foi um
trabalho gratificante e o contato que tivemos com a Irmã e suas crianças foi bom para
elas e para nós.
Por circunstâncias da vida, Magui e eu não pudemos mais realizar nosso trabalho
no Pequeno Mundo que começava a crescer e contaria, a partir de então, com a
importante ajuda do Professor Myrson Lima para, junto com a irmã Leônia, desenvolver
cada vez mais a obra de que havíamos participado na fase inicial. Se não estamos lá,
fisicamente, espiritualmente continuamos muito ligadas à querida Irmã e suas crianças,
cada vez mais imersas em um mundo familiar de violência, prostituição e drogas.
Colaboramos, mensalmente, com a Associação Pequeno Mundo e fornecemos à mesma
nossas notas fiscais e as de alguns amigos. Foi meu marido quem incentivou a Irmã
Leônia a participar do Programa “Sua nota vale dinheiro” e até hoje ela lhe é muito
agradecida pelo fato, que já possibilitou a ampliação das instalações da entidade.
O trabalho na Associação Pequeno Mundo é sério, tanto que a entidade recebeu
algumas vezes, da rigorosa Receita Federal, para vender em bazares e arrecadar fundos,
mercadorias contrabandeadas apreendidas pela Polícia. Com o fruto dessas trabalhosas
vendas, a Irmã conseguiu comprar um terreno para construir uma quadra de esportes,
pois o Pequeno Mundo ainda não dispõe de espaço para atividades físicas, de que as
crianças e adolescentes tanto necessitam. O terreno existe, a construção começou, mas
resta muito a pagar e se nós, de classe média, estamos enfrentando dificuldades,
imaginem as pessoas pobres. Por isso, em atenção ao esforço dessa religiosa
abnegada, que vem salvando muitas crianças de caírem no mundo da mendicância
e do crime, e precisa salvar muitas mais, peço a todos os membros do GEPFOR
que não atirem fora suas notas fiscais, mas que as juntem e as entreguem na nossa
secretaria.
Alguém disse, um dia, à Madre Teresa de Calcutá: “De que adianta a senhora
ajudar alguns pobres, se existe um mar de pobres tão imenso diante de nós?” E ela
respondeu: “O mar é feito de muitas e muitas gotas”. Colaboremos com nossas gotas.
Maria Livia Diana de Araujo Marchon
Ps - Se alguém quiser, um dia, conhecer a Associação Pequeno Mundo, posso levar até
lá, é só combinarmos com antecedência.
Enquanto isso não acontece, vocês podem tomar contato com a entidade através do site
da mesma, facebook e skype: www.pequenomundo.org.br